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Considerar as reinvenções de uma batida musical (ritmo) sintoma cultural de um período da nossa história é olhar e ouvir além do artístico e do consumo. Propor uma contemporaneidade musical agenciada por fluxos etnicitários diaspóricos é dialogar diretamente com o fenômeno Pop sob o aspecto sócio-cultural que a permitiu, a partir das work songs, chegar ao Rap e a música Pop internacional-globalizada no século XX.

O beat Pop é uma reinvenção de diferentes conduções rítmicas e a música Pop, aqui distanciada de (pre)tensões estéticas é apresentada como consequência artística de uma realidade cultural ocidental diaspórica. O Pop como uma matriz de diálogos da condição humana, tanto para a Música quanto para a História teve forças para se desenvolver em terreno arenoso, seco e frio e, mais que isso, gerar outra célula – o beat Rap; por isso, traduziu-se o beat Pop como o beat étnico. Estudar a história da música Pop é, de certa maneira, conhecer nossa própria história.