Grafitinaridade

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Apresentação

A arte tem sua autonomia.
A imagem pensa por si só.
O artista e o sujeito social …
Qual o lugar do artista que faz a
arte que já nasce autônoma?

Sem querer entrar no mérito e condições das representações, qual o lugar do artista da arte visual de rua – especialmente a que conhecemos como grafite – que pensa por si só? De forma rápida o pensamento responde logo que esta é a pessoa dotada de um talento admirável, que sua criação traduz o momento no qual vivemos, nos faz refletir, e sua habilidade corajosa é a razão para existir tal arte e assim podermos contemplar estesicamente, e por isso seu lugar é, então …

Além de ouvir dos protagonistas desta produção sobre o lugar que cada um ocupa, deseja ou se considera pertencente, oportunizamos uma visualização geográfica de suas produções artísticas na cidade, dos lugares que estas produções ocupam no espaço urbano da capital mato-grossense apresentado em mapas. Os mapas e os discursos se referem ao contexto pessoal que cada artista revela como produtivo, afetivo, histórico, de passagem ou de obstáculo.

Essas informações e manifestações de vida recebem aqui neste mapeamento humanístico (brincando com a junção humano + artístico), o lugar visual que desconhecemos quando apenas recebemos dos nossos protagonistas a pronta entrega de suas artes. Apresentamos agora um espaço visual para eles e todos os apreciadores, como retribuição e reconhecimento.
Se o artista tem sua autonomia e pensa por si só, em que medida sua arte nos atravessa e conduz a atual aceitação e contemplação? O coletivo que existe nele também existe em qualquer um de nós, em certa medida, pois se trata de um mesmo momento histórico e muitas vezes, o mesmo caminho de passagens à deriva. Com essa licença de silogismo invertemos, por este instante, os suportes, sprays, as tintas e as mãos, para apresentarmos um catálogo de arte e de artistas a partir do percurso coletivo e individual/pessoal que vivem invisíveis nas obras que provocam diferentes recepções entre as pessoas que as observam.
O que não é visível aos olhos e não é audível aos ouvidos, pode ser visto com os ouvidos e ouvido com a percepção visual, basta se deixar desvelar por este percurso de vida e arte que os mapas emocionais, a seguir, sugerem conduzir.